O Sacerdote nos tempos da Bíblia

O Sacerdote nos tempos da Bíblia
 
Ministro investido de autoridade. Às vezes denota um ministro de estado, assistente responsável junto do rei, 2Sm 8.18. Em 2Sm 20.26, o oficial Jair é denominado sacerdote de Davi; e em 1Cr 18.17, os filhos de Davi são os primeiros depois do rei. Em 1Rs 4.5, diz-se que o sacerdote Zabude era intimo, ou amigo do rei. Freqüentemente os ministros do santuário são denominados sacerdotes levíticos, porquanto o sentido da palavra kohen, ministro, sacerdote, exige qualidades descritivas.
Um ministro devidamente autorizada, para oficiar perante uma divindade, em favor de um povo e tomar parte em outros ritos, chama-se sacerdote. A função essencial a seu cargo era a de mediador entre Deus e o homem. Em geral, formavam os sacerdotes uma classe de funcionários muito distinta entre as nações da antiguidade, como no Egito, em Midiã na Filístia, na Grécia, em Roma, etc. Gn 47.22; Ex 2.16; 1Sm 6.2; At 14.13. Na falta de uma corporação regularmente organizada, o ofício de sacerdote era exercido desde tempos imemoriais, por indivíduos particulares, tais como, Caím e Abel; pelos patriarcas em favor de suas famílias, ou da tribo, como Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Jó, bem assim os chefes de uma corporação, ou de um povo. No tempo do êxodo havia indivíduos investidos destas prerrogativas por direito natural, por causa  da crescente necessidade do momento, em conseqüência do aumento da população e das influências do sacerdócio egípcio, Ex 19.22. Mesmo depois de organizado o sacerdócio levítico, homens havia que, fora desta corporação, também exerciam as funções de sacerdote. Quando Deus mesmo dispensava a mediação dos sacerdotes ordenados, e se revelava imediatamente a um indivíduo estranho à corporação sacerdotal, tal pessoa sentia-se no direito de oferecer sacrifícios, sem que fosse necessária a intervenção dos mediadores regularmente ordenado, Jz 6.18,24,26; 13.16. Quando, por motivos políticos, tornava-se impossível aos que habitavam no reino do norte, utilizarem-se do ministério dos sacerdotes levíticos, o pai de família, ou outra pessoa indicada, de acordo com a lei primitiva, levantava o altar e oferecia sacrifícios a Jeová, 1Rs.18.30.
Quando o povo hebreu se organizou em nação no Sinai, levantou-se o tabernáculo e o servo do santuário foi organizado de acordo com a dignidade de Jeová de modo a não ficar devendo nada às mais cultas nações da Antigüidade. Daí nasceu a necessidade de um corpo sacerdotal. Arão e seus filhos foram designados para este cargo que se perpetuou na família, e a ela restringido, Ex 28.1; 40.12-15; Nm 16.40; cp. 17 e 18.1-18; cp. Dt 10.6; 1Rs 8.4; Ed 2.36 e seg. Todos os filhos de Arão eram sacerdotes, salvo nos casos de deformidades físicas, Lv 21.16 e seg. Quando a Escritura se refere à classe sacerdotal, emprega as expressões - sacerdotes, ou filhos de Arão, aludindo à descendência deste sacerdote, 2Cr 26.18; 29.21; 35.14; cp. Nm 3.3; 10.8; Js 21.19; Ne 10.38, ou sacerdote da linhagem de Levi aludindo à tribo a que pertenciam, Dt 17.9,18; 18.1; Js 3.3; 8.33; 2Cr 23.18; 30.27; Jr 33.18,21; cp. Ex 38.21, ou ainda como sacerdotes e levitas, filhos de Sadoque, designando o ramo da família de que descendiam, Ez 44.15; cp. 43.19. Este modo de referir-se à classe dos sacerdotes, como acabamos de ver nas passagens citadas, era muito comum no tempo em que se fazia questão fechada em distinguir as funções dos sacerdotes e dos levitas, como se vê na história em que os ministros do altar no tabernáculo e no templo, e aqueles que traziam o Urim e Tumim, também pertenciam à família de Arão.
As obrigações dos sacerdotes eram, em geral, de três categorias: I. Ministrar no santuário diante do Senhor, II. ensinar o povo a guardar a lei de Deus e, III. tomar conhecimento da vontade divina, consultando o Urim e Tumim, Ex 28.30; Ed 2.63; Nm 16.40; 18.5; 2Cr 15.3; Jr 18.18; Ez 7.26; Mq 3.11. O sacerdote estava sujeito a leis especiais, Lv 10.8 e seg. Em referência ao casamento, só poderia tomar mulher que fosse de sue própria nação, mulher virgem ou viúva, que não fosse divorciada, e cuja genealogia fosse tão regular como a dos próprios sacerdotes, 21.7; Ed 10. 18,19. As vestimentas consistiam de calções curtos desde os rins até as coxas; uma camisa estreita, tecida de alto a baixo e sem costura, descendo até aos artelhos e apertada na cinta por um cíngulo bordado, simbolicamente ornamentado; uma tiara em forma cônica, tudo feito de linho fino e branco, Ex 28.40-42. Os sacerdotes e outros oficiais de serviço religioso costumavam vestir um éfode de linho, sem bordados e sem os adornos custosos como o que usava o sumo sacerdote, 1Sm 2.18; 22.18; 2Sm 4.14.

Por ocasião da conquista de Canaã, atendendo as necessidades atuais dos descendentes de Arão, que sem dúvida já estavam na terceira geração, porém mais especialmente em atenção as necessidades futuras, separaram-se treze cidades para sua residência e criação de seus gados, Js 21.10-19. Davi dividiu os sacerdotes em vinte e quatro classes. Exceto por ocasião das grandes festividades em que todos eles tinham de oficiar; cada uma das classes oficiava uma semana de cada vez, substituída em cada sábado de tarde, antes do sacrifício, 1Cr 24.1-19; 2Rs 11.5-9. Parece que destas vinte e quatro classes, somente quatro voltaram de Babilônia com Zorobabel, Ed 2.36-38, porém, o antigo número foi reconstruído, segundo parece, cp. Lc 1.5-9. Havia distinções no corpo sacerdotal. O supremo pontífice era o sumo sacerdote; seguia-se o segundo sacerdote, 2Rs 25.18, que provavelmente era denominado o pontífice da casa de Deus, 2Cr 31.13; Ne 11.11, e o magistrado do templo, At 4.1; 5.24. Os pontífices de que fala o Novo Testamento eram os sumos sacerdotes, membros da família dos antigos sacerdotes e funcionavam irregularmente. A lei que regulava o acesso às funções do sumo sacerdócio havia caído em olvido em conseqüência das perturbações políticas e do domínio estrangeiro. Os pontífices eram investidos em seu oficio ou dele despojados à mercê dos governos dominantes.

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